sábado, 28 de junho de 2008

Arte!

Será o temor ao belo a grande engrengem que faz as pessoas dar meia volta volver em sua indiferença à arte? Temem a perfeição que deveras sabem ser ali uma mera representação utópica? Ou apenas temem presenciar seu verdadeiro retrato, não podendo fugir à face devassa e impetuosa que a arte lhes reflete feito espelho? Se o for a última afirmativa, não posso deixar de escrever aqui o meu pesar, pois o homem destemido pintado na narrativa heróica acaba por ser mero rabisco amendrontado perante a arte que lhe fala...Será por temer o encontro de si mesmo que o ser humano adia o encontro com a sua íntima percepção de belo através da arte? Será o homem ( e quando digo homem generalizo) feito de puro instinto e por este mesmo instinto, repudia, renega a criação do estereótipo perfeito? Mas se é a arte "criação" (efêmera) e inspirada no próprio homem, como pode ser perfeita? Meus amigos, resposta para isso não há, só a sólida certeza de que a arte é, entre as criações humanas, a mais perfeita imperfeição...

Não sei se é a arte fruto das fraqueza, incertezas ou egoísmos humanos. Sei que é, como o seu criador, também um reflexo perdido de sentimentalismo e fuga, um objeto tresloucado em nossas mãos. Pode ser o que bem quiser, pode ser o que queiramos que seja. E neste artigo sobre a arte, mais confuso que esclarecedor, posso apenas terminar com a rima:

"O homem é imperfeito e o que cria só pode igualmente também o ser.

Mas a arte acaba por fim perfeita, algo que o homem fez assim, sem querer..."

Um comentário:

Lucas Ruteski disse...

A Arte, os artistas, enfim, está tudo corroído, destruído! A Arte como cifra! A arte é maléfica nos tempos atuais, não passa de um vírus!
Saudosos Tempos Helenistas!!
Beijo
Andrea