domingo, 13 de julho de 2008

Êxtase...

Conforme Aurélio Buarque de Holanda Ferreira - "arroubo". Mas arroubo do que exatamente? O que explica o estado extático? Não estático, sim, extático? O meu êxtase, se aqui me permitem expô-lo, é o deleite das palavras que tomam a madrugada e revestem-na com a roupagem ideológica das 'causas humanas'. E o êxtase dos demais? Cada um possui o seu ou compartilhamos da mesma massa (estática) de um êxtase comum? Não, se o que buscam for a resposta (in) sensata, não... Por que, afinal? Perguntar-me-ão... Não sou nenhum oráculo, tampouco a senhora das respostas... Mas algo estranhamente conhecedor de meu próprio êxtase faz-me dizer e repetir e reafirmar e não calar... e não mentir: O meu êxtase é diferente do seu! Meramente questão de caráter? Talvez. Personalidade? Não, muito pouco... O que há ainda de maior é uma única concepção que chega, enfim, a um caminho comum e compartilhado pela mesma massa de desgraçados: a felicidade! O fim natural é ela! O que mudam são os meios. Assim, torna-se o êxtase pura e largamente o reflexo da felicidade. Outros poderão ainda questionar: Então, é a felicidade passageira, já que o êxtase é tão repentino e momentâneo como a ressaca do mar? Sim! Chegamos juntos, na rapidez de um pestanejar, à grande resposta da vida: a felicidade dura pouco, só o momento súbito de euforia; o êxtase; o arroubo...
Permitam-me dizer: nada do que disse aqui é novidade. Mas estranhamente, por que alguém não antes o escreveu? Por que este, meus caros, é o meu momento de êxtase... Durou tão pouco, já passou! Mas não se deixa confundir e enganar, como a ressaca, que vai embora toda manhã, mas um dia talvez volte para as águas de um mesmo mar... !
Por via das dúvidas, para que não fique esquecido o velho e bom dizer do profundo verificável: a alvorada voraz diz por si o que não consegui aqui fazer; Além das massas, onde está o nosso êxtase de dor? No fato banal? Vendo o mesmo filme passar é que encontramos o nosso deleite? O nosso arroubo é ver o país chafurdando nas mesmas lamas de outrora? O nosso arroubo é a imagem das fardas e armações que contempla o fim, vendo o tempo passar? Quem é que possui o comando? Os mesmos 'foras da lei' em seu êxtase deturpado pelas garras da ganância? Ou é o NOSSO arroubo, vestido pela roupagem das 'causas humanas' e preocupado com o que é realmente importante, o verdadeiro êxtase de inteligência? Ah! Se este último "arroubo" fosse maculado pelas asas da eternidade! Não existiriam mais problemas de discernimento entre este dilema filosófico e os desvarios da distração que já é um praxe incorrigível! Aos que não entendem minhas palavras, "Alvorada voraz - RPM."

Um comentário:

Lucas Ruteski disse...

Otimas palavras, o conformismo é o cancer da humanidade, praticamente cumplices do ódio mundial. Estaremos nós errados em questionar? Como diria Raul "Preferia ter nascido burro"
Beijo Andrea